O pudim abade de Priscos é um doce típico de Braga, em Portugal, com uma confecção muito particular que mistura os ingredientes tradicionais de um bolo (ou pudim) com toucinho. Entretanto, pode ver muitas mais receitas aqui! Bom apetite!
Manuel Joaquim Machado Rebelo – mais conhecido por Abade de Priscos, (1834-1930) – foi um abade católico que ficou marcado na história gastronómica por ter sido um excelente cozinheiro. O pudim foi uma das receitas mais conhecidas e replicadas deste gastrónomo que foi pároco da freguesia de Priscos, em Braga, durante 47 anos.
Reza uma lenda que, em 1887, o Abade de Priscos foi convidado para cozinhar para a família real e D. Luís I. O rei chamou o cozinheiro para dar os parabéns e quis saber qual o segredo do prato.
O Abade sorridente, informou: – Era palha, Real Senhor!
– Palha!? – disse o Rei espantado . – Então dás palha ao teu Rei!?
O Abade baixou a cabeça a fingir-se de envergonhado e, com sorriso manhoso, esclareceu: – Real Senhor! Todos comem palha, a questão é sabê-la dar… ”
São muitas as histórias em redor deste pároco que ficou conhecido pela sua mão na cozinha. O Viaje Comigo deixa-vos a Receita do Pudim Abade de Priscos, cedida pela própria Confraria do Pudim Abade de Priscos. Gostam deste doce?
INGREDIENTES
– 500gr de açúcar
– 1/2 litro de água
– 50gr de toucinho fresco
– 15 gemas de ovos
– casca de um limão
– 1 pau de canela
– 1 cálice de bom vinho do Porto
– 200gr de açúcar para confecionar o caramelo
PREPARAÇÃO
1. Misturam-se 500gr de açúcar em meio litro de agua e junta-se a casca de limão raspada q.b., canela e o toucinho (uma fatia de toucinho não excessivamente gorduroso).
2. Leva-se ao lume e quando estiver em ponte de espadana, passa-se a calda por um passador de rede vazando para uma tigela onde já estão as gemas e o vinho do Porto, ligeiramente batidos.
3. Com o açúcar em caramelo, barra-se a forma de metal onde se vai levar a cozer em banho-maria em forno muito quente, durante cerca de 40 minutos.
4. Tem-se o cuidado de só se desenformar quando estiver morno (mais para o frio), para que este não se desmanche.