O turismo em redor de Santiago de Compostela está relacionado com a história do Cristianismo e, mais especificamente, com a história do apóstolo Santiago Maior.
Os restos mortais do apóstolo decapitado, em Jerusalém, foram levados para a Galiza. E apesar de o seu túmulo ter ficado em sítio um pouco incerto, com o tempo, foi reencontrado no século IX, por Pelágio que diz ter seguido umas luzes no céu.
Considerado este achado um milagre, o rei mandou construir uma capela dedicada a Santiago e foi o seu primeiro peregrino. Com os ataques militares, durante vários anos, as igrejas foram destruídas e o túmulo acabou por ser transportado para a atual Catedral, que começou a ser construída em 1075, já que as anteriores igrejas já não conseguiam receber o número cada vez maior de fiéis.
Foram o rei Afonso VI e o primeiro arcebispo da cidade, Diego Gelifez, os maiores impulsionadores das peregrinações de Santiago de Compostela. Começaram a aparecer peregrinos de todos os cantos do mundo e os caminhos começaram a ser delineados até Santiago de Compostela.
Quem visitasse a Catedral e fizesse o Caminho de Santiago tinha direito a absolvição dos seus pecados – outorgado pelo Papa Alexandre III – durante o Ano Xacobeo ou Jubileu (a concessão de indulgências eram iguais às que se obtinham em Roma e Jerusalém). E os que fizessem o Caminho obtinham um documento que lhes dava asilo na cidade. E assim começaram a crescer mercados, dormitórios, hospitais, e tudo mais o que era necessário, em redor da Catedral.
A Universidade de Santiago de Compostela é também o motivo de, esta cidade, ter um ambiente jovem e estudantil com muito vigor. As noites de Santiago são animadas nas ruas e há todo um negócio paralelo – principalmente com o aluguer de apartamentos para os estudantes. No verão, há menos estudantes mas mais turistas, por isso, Santiago de Compostela tem sempre muita gente de visita.
A cidade de Santiago de Compostela tem muitos espaços verdes. Mas, são dois parques e jardins que mais se destacam e que servem também de miradouros com vistas imperdíveis sobre a cidade: San Domingos de Bonaval (que alberga dois museus) e a Alameda.
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MONUMENTOS
– Catedral de Santiago de Compostela
– Praça da Quintana está dividida em dois espaços: a Quinta de Vivos e a Quintana de Mortos. É onde está a Porta Santa, datada do século XVII;
– Convento de San Martiño Pinario: construído entre os séculos XVI e XVIII é um antigo convento beneditino, considerado o maior da Galiza;
– Arco de Mazarelos: porta da medieval muralha que rodeava a cidade. Sabia que era por aqui que entrava o vinho que vinha do Ulla e do Ribeiro?;
– Capela de Ánimas: apresenta esculturas em terracota e estilo neoclássico;
– Casa da Parra: edifício do século XVII;
– Casa do Cabido: construção barroca do século XVIII;
– Casa do Deán: paço de estilo barroco, do século XVIII, que é hoje o Posto de Acolhimento dos Peregrinos;
– Casa dos Coengos: servia para fechar a Praça da Quintana, no século XVII;
– Colegiada de Santa Maria a Maior: construção românica do século XII;
– Colégio de Fonseca: edifício de 1532 com traça renascentista;
– Convento de Ensinanza: estilo neoclássico, séculos XVIII-XIX;
– Convento das Mercedarias: estilo barroco do século XVII, onde se salienta a fachada com cena da Anunciação;
– Convento de San Domingos de Bonaval: edifício original do século XII, com construções entre os séculos XIV, XVII e XVIII, é atual sede do Museu do Povo Galego;
– Convento de São Francisco: datado do século XVI;
– Convento de San Paio de Antealtares: foi fundado por Afonso II depois de terem sido descobertos os restos mortais do Apóstolo. É a casa do Museu de Arte Sacra;
– Convento de Santa Clara: estilo barroco, dos séculos XVII e XVIII;
– Convento de Santo Agostiño: estilo barroco do século XVII. A torre esquerda foi destruída por um raio no século XVIII;
– Hostal dos Reis Católicos: foi fundado pelos reis em 1492 e era o antigo Hospital real. Hoje funciona como Parador Nacional;
– Igreja de San Bieito: do século X com reconstruções nos séculos XII e XVIII;
– Igreja de San Fiz de Solovio: aqui viveu o eremita Paio que, segundo a lenda, falou ao bispo Teodomiro sobre o túmulo de Santiago. Igreja atual do século XVIII, com pórtico românico do século XIII;
– Igreja San Miguel ndos Agros: templo do século XIX, de estilo neoclássico;
– Igreja de Santa Maria do Camiño: é do século XVII e acolhe a Virgem de Belém;
– Igreja de Santa Maria Salomé: mistura vários estilos, desde a porta românica, o pórtico do século XVI e campanário do século XVIII;
– Palácios: Palácio de Bendaña (século XVIII); Palácio de Raxoi (século XVIII que é sede do governo autónomo da Galiza); Palácio de San Xerome (sede da Reitoria da Universidade); Palácio de Xelmírez (estilo românico no século XII).
MUSEUS EM SANTIAGO DE COMPOSTELA
– Museu da Catedral: a história de Santiago e da construção da Catedral. Entrada: 5€;
– Museu do Pobo Galego: arqueologia, arquitetura e cultura galegas ao longo dos tempos. Entrada livre;
– Museo das Peregrinacións e de Santiago: está no edifício do antigo Banco de Espanha. Entrada; 2,40€ (grátis para menores de 18 anos e maiores de 65; peregrinos, estudantes, etc);
– Centro Galego de Arte Contemporânea (CGAC): com arquitectura projetada pelo português Álvaro Siza. Entrada livre;
– Museo Centro Gaiás: com exposições temporárias;
– Museo de Terra Santa: exposição permanente no convento de São Francisco (século XIII), com a história da Terra Santa e do Estado de Israel. Entrada: 3€;
– Casa Museu da Troia: a referência é a novela La Casa de la Troya de Pérez Lugín, que reproduz o ambiente universitário de finais do século XIX. Tem peças e pertences dos personagens da novela. Entrada: 2€;
– Cidade da Cultura de Galicia: projeto cultural (inacabado por falta de verbas e ainda com parte do projeto em obras) com salas de exposições, museu, sala de concertos, biblioteca e arquivo municipal;
COMPRAS
Todo o centro histórico está recheado de lojas e de comércio. Visite as ruas do Vilar, Nova, Fonseca, Doutor Teixeiro, Montero Rios, Republica do Salvador e o bairro de As Fontiñas. Também pode passar, para compras gastronómicas, no Mercado de Abastos.
Mercados
– Mercado de Abastos: aberto desde 1937, tem de tudo um pouco desde flores, legumes, frutas, mas também a perdição de queijos e enchidos, vinhos e muito mais (tartes de Santiago, mel, etc) que pode ser comprado e provado no bar do mercado ou nos espaços que rodeiam o edifício. Aberto todos os dias (exceto domingos e feriados especiais): 7h00-14h00;
– Rua Nova: mercado/feira de artesanato contemporâneo. Todos os dias das 10h00-20h30;
– Travesía de Fonseca (junto dos Correios): feira de antiguidades. Ao sábado de manhã.
FESTAS DO APÓSTOLO
De 15 a 31 de julho, estas Festas de Interesse Turístico Internacional têm como ponto alto a Oferenda Régia Nacional no dia 25 de julho, com Missa Pontifícia e o Botafumeiro na Catedral de Santiago de Compostela. As festas incluem foto de artifício na noite do dia 24 de julho, na Praça do Obradoiro.
SAIR À NOITE
Os mesmos sítios onde se provam umas tapas ficam abertos, até mais tarde, também para matar a sede. A ideia é ir passeando, a pé, pelo centro de Santiago de Compostela e ir parando em diversos sítios.
Pelas ruas anda muita gente de copo na mão, e fica em amena cavaqueira até de madrugada. Todos os dias há animação, mesmo ao domingo e segunda que são dias em que muitos espaços fecham. Existem ainda alguns abertos nesses dias. Os bares passam música variada, mas a música espanhola tem destaque na maior parte das casas.
ONDE COMER
São muitos os locais onde está presente a gastronomia galega: desde as tapas, para petiscar, até à cozinha tradicional e gourmet. Leia as sugestões Onde Comer em Santiago de Compostela no Viaje Comigo.