Em Penalva do Castelo, a Casa da Ínsua é um hotel de charme, de 5 estrelas, com base num solar barroco. Há pouco mais de um ano, inaugurou o núcleo museológico que junta, em vários espaços, um acervo patrimonial único, que inclui peças que o governador Luís de Albuquerque trouxe do Brasil, onde esteve entre 1772 e 1788. É só mais um motivo entre muitos para ficar alojado e desfrutar de um alojamento muito especial.
Dentro da Casa da Ínsua são várias as salas que contam a história de séculos da família que ali habitou, descendentes de Luís de Albuquerque.
Existiam duas cozinhas: uma onde se preparavam os alimentos para a nobre família e outra, mais modesta, onde se preparavam as refeições para os empregados – nesta última, sobressai uma enorme chaminé e um sino que serviria, imagina-se, para chamar os empregados para comerem.
Na Casa da Ínsua descobre-se uma sala de jantar, ainda com o conjunto de loiça de chá no armário, a sala do telefone, um outro espaço que serviria de convívio, onde estão os retratos dos homens da família.
E a história do Hotel Casa da Ínsua repercute-se também pelo cinema. Por exemplo, o filme “Viúva rica solteira não fica” foi aqui rodado.
O QUE VISITAR DENTRO DA QUINTA
O Núcleo Museológico do Hotel Casa da Ínsua foi criado através de uma parceria entre o Grupo Visabeira e o Museu Nacional de Arte Antiga.
Um espaço que situa a Casa da Ínsua na História nacional e nas relações luso-brasileiras do século XVIII. Isto porque Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres foi governador e capitão-general da capitania de Cuiabá e Mato Grosso, entre 1772 e 1788, e em pleno período barroco mandou construir esta casa.
Há três séculos, a Casa da Ínsua produzia tudo o que uma casa senhorial necessitava para uso próprio, incluindo serviços de serralharia e carpintaria, produção de electricidade, fabrico de pão e até de gelo.
A viagem pela história do Núcleo Museológico da Casa da Ínsua começa num antigo armazém, onde estão três depósitos de cereais reabilitados, e onde é feita a receção aos visitantes. O acesso a esta área é feito através do restaurado edifício das Adegas, agora devolvido à sua função primitiva.
Sala da Família: situada no espaço onde funcionava o antigo lagar, expõe o percurso de Luís de Albuquerque por Terras de Vera Cruz com artefactos, escritos e mapas da sua viagem e estadia no Brasil.
Sala Braziliana: mapas e ilustrações originais do século XVIII, que permitem traçar um quadro da organização geopolítica da altura. O visitante pode ver desenhos de animais e vegetais da paisagem tropical de há três séculos.
Serralharia: exposição da maquinaria e instrumentos restituídos ao seu estado original, imitando o ambiente de outros tempos.
Fábrica do Gelo: onde pode observar as técnicas utilizadas para a conservação e produção de gelo, no século XVIII.
O QUARTO
Todos os quartos da casa principal do Hotel Casa da Ínsua têm uma história. Fiquei num dos principais, com uma varanda enorme e a melhor vista: para os jardins e montes.
Este quarto era conhecido pela família desta casa como Suite do Milagre e Varanda do Tempo. Suite do Milagre porque uma das suas ocupantes se curou de uma doença grave – e ficava a olhar, a partir da varanda, para a Ermida da Nossa Senhora do Castelo, que fica no cimo do monte do Castelo, em Mangualde.
Também é apelidada de Varanda do Tempo devido ao relógio de sol que lá está fixado – feito por E. Ducretet & Cie – Paris.
O quarto tem uma enorme casa de banho e uma salinha com sofá e televisão. Nota: neste quarto não tem wifi, só Internet por cabo. Tem wifi no bar da casa.
Fora da casa principal tem um outro edifício com mais quartos e um outro com apartamentos, servidos com kitchenette.
JARDINS
São vários os jardins que fazem parte do Hotel Casa da Ínsua e podem ser visitados mesmo por quem não esteja hospedado. Logo na entrada, fique deliciado com o Jardim Francês repleto de formas geométricas, com cornucópias, jarras, leques e um espelho de água onde fica refletida a casa. Também vai encontrar em vários locais da Casa da Ínsua a Flor de Lótus, que faz parte do brasão e da História da família da casa.
Aliás, no Jardim Francês é capaz de encontrar a rara Flor de Lótus, originária da Índia, que floresce, todos os anos, entre os meses de junho e julho. Curiosidade: vive apenas 48 horas.
LOJA
A loja do Hotel Casa da Ínsua vende vinhos Casa da Ínsua, cerâmicas, compotas, mel, queijos e azeite. E ainda pode juntar isso tudo em kits. Pacotes com vários produtos incluídos, para oferta a quem aprecia e é um bom garfo. Também pode comprar online todos os produtos.
O que pode fazer na Casa da Ínsua:
– Workshop de queijo Serra da Estrela, compotas, etc.
– Acompanhar o pastor
– Vindimas
– Passeios a pé na quinta
– Conhecer Penalva do Castelo
RESTAURANTE
O restaurante da Casa da Ínsua é também o local dos pequenos-almoços. Provámos um menu como sugestão do chef e terminámos deliciados. Salmão fumado enrolado com queijo cremoso em apontamento e salada e balsâmico, para entrada, e no prato de peixe com um (maravilhoso!) filete de robalo corado com brás de camarão e brócolos. Também o naco de carne estava saboroso, assim como a sobremesa, mas o prato de peixe é que nos deixou saudades… 😀
Os vinhos Casa da Ínsua são o óbvio acompanhamento e tem mesmo de os provar, principalmente o branco. Fresco, muito fresco.
A Casa da Ínsua, os jardins e tudo o resto fazem com que este local seja muito procurado para casamentos e outras festas, durante todo o ano.
INFORMAÇÕES
Hotel Casa da Ínsua, Penalva do Castelo, Portugal
Telefone: +351 232 642 222
Tem estacionamento gratuito
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